Eu já tentei me enganar, dizer que não. Não você não me ama. Não você não pensa em mim. Mas sabe de uma coisa? Eu posso acertar quando digo que você não me ama, mas erro quando digo que você não pensa em mim. Pensa. Pensa sim! Pensa nem que seja com um sentimento carregado de ódio pelas barbáries que vivo escrevendo. Eu sei que você pensa, pensa tanto que não sabe mais o que fazer. Eu te desconcertei, mas você é homem. Um homem nunca assume suas fraquezas e eu sou assim, eu entro na vida de alguém na tranquilidade de um rio que flui mais saio feito tsunami, deixando estragos. A minha personalidade fortíssima marca as pessoas e eu marquei você. Tem um pouco de mim aí. Não virei advinha não, eu só sei como também sei que depois que tudo isso acabar, depois que todo esse amor desfalecer e depois que eu parar realmente de me importar, você vai procurar saber se você ainda mexe comigo como nenhum outro homem mexeu. Eu torço para que você não tenha tanta sorte. Escrevendo assim até parece que eu estou deitada em uma rede só esperando, mas é que o mundo dá voltas e eu não preciso esperar pra que isso aconteça. Eu só estou seguindo, seguindo em frente como digo. Faço disso o meu mantra. É necessário. Mudei tanto que sabe o que aconteceu? Agora eu tomo de duas a três xícaras de café por dia! Eu odeio café, mas aprendi a tomar porque a substância é forte e dá energia. Eu era forte, antes de te conhecer. Depois só me fiz de forte, agora sou isso que escrevo. Sem máscara alguma, sem maquiagem nenhuma. Clareza. A mais linda clareza. Eu nunca fui tão clara e tão explícita com meus sentimentos como aprendi a ser com você, mesmo que isso me custou um preço absurdo a se pagar embora eu sempre pague preços absurdos. Há quem diga que não é recomendável falar ou escrever sobre sentimentos porque ninguém se importa com esse nhem nhem nhem. Eu não quero que se importem, eu só quero mostrar pro mundo que sentimento não é feio. Sentir não é algo abominável como os humanos julgam ser. Quem vive ignorando o que sente morre sem saber o que é viver. Eu pago caro por escrever tanto, mas eu sei que daqui 70 anos eu vou ler esses textos e ainda lembrarei como se fosse ontem. Escrever não são só palavras jogadas ao vento como dizem ser, escrever é eternizar uma vida que já partira. É a minha vida sendo eternizada quando eu não estiver mais aqui.
Anna Carolina Morato.
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