Eu disse que me desligaria das minhas palavras medíocres e do meu sentimentalismo frenético, não disse? Desculpa, eu menti. Não vou me desligar das minhas palavras de marca maior. Não dá, não consigo, não quero e não vou. Simples.
Eu nunca obriguei ninguém a viver a minha vida, viver comigo. A porta sempre está aberta. Entra quem quer, sai quem quer. Se alguém me diz: “ Está na minha hora, preciso ir” “ Vai com Deus, nos falamos depois.” quando tudo que a pessoa mais queria ouvir era “ Ah, não vai não. Fica mais um pouco.” Não. Não. Não. Você nunca vai ouvir isso da minha boca, exceto se a sua presença realmente me faz bem ao ponto de desejar que você nunca vá embora.
Nunca gostei de implorar, embora às vezes implore. Nunca gostei de insistir, embora às vezes insista - quando é algo muitississimo importante pra mim - . “Vamos sair?” “Não”!” “ Ah, então tá!” É assim que eu reajo na maioria das vezes. Eu sempre fui aquele tipo de mulher que faz o que dá na telha. Eu ligo ou mando mensagem na hora que eu quero e retorno as ligações ou respondo mensagens na hora que eu quero. Chego na hora que eu quero, saiu na hora que eu quero. Uma verdadeira: sem limites. Nunca gostei de me sentir obrigada a nada e quando me sinto, eu simplesmente não faço.
Eu sempre quis entender esse meu jeito sabe? De quase agarrar as chances, quase agarrar as pessoas. Quando algo ou alguém sai da minha vida, eu quase agarro mas sempre escapa porque minhas mãos vivem ensaboadas, por isso as coisas-pessoas escorregam numa facilidade admirável. Eu deixo ir, simplesmente. Não dói? Dói, concerteza dói. Ninguém em sã consciência quer ver algo ou alguém saindo da sua vida sem nenhuma satisfação mas pior do que perder algo ou alguém, é obrigar a viver na sua vida. Isso é desumano e eu não aceito. Não aceito que ninguém seja meu amigo por obrigação, não aceito que ninguém me ame por obrigação. Se for pra ficar na minha vida, se for pra compor minha história, se for pra rir da minha palhaçada e secar minhas lágrimas que seja por livre e espontânea vontade, mais uma vez pra não esquecer: Livre e espontânea vontade. Eu não fico na vida de ninguém por obrigação, nada mais justo não obrigar ninguém a continuar na minha.
Não pensem que esse texto é sobre algo ou alguém, esse texto é sobre a Anna filha da puta orgulhosa Morato. Eu sempre digo que algumas coisas na vida, não mudam não é mesmo? Eu escrevi isso no dia 28-08-09 : "Eu sempre quis entender , o porque tudo na minha vida parte sem ao menos eu ter uma chance. E eu deixo partir simplesmente, as coisas se vão e eu as olho partindo sem ao menos ter algum tipo de reação louca ou do tipo precipitada." Dois anos e cinco meses se passaram e eu ainda estou tentando "entender" a razão pela qual eu sou assim . . .
Obs: Trecho retirado do texto: A chance que eu nunca tive. ( 28-08-09)
Obs: Trecho retirado do texto: A chance que eu nunca tive. ( 28-08-09)
Anna Carolina Morato.
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