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Mostrando postagens de 2013

2013 em tópicos!

Minha rotina de estudos (surtos) em desenho, por Danilo Fernandes. Eu fiquei muito tempo sem escrever sobre a minha vida e afins. Tenho um mundo de coisas pra contar, mas o excesso de informação não me deixa produzir um texto coerente. Sendo assim, as informações serão em tópicos aleatórios. 1-  Não estabeleci nenhuma meta para 2013. Estava cansada de terminar o ano com a sensação de: não fui o suficiente. Sendo assim, poupei minhas expectativas e fui vivendo dia após dia, mês após mês. As minhas metas e planos foram estabelecidas de acordo com minhas necessidades e dentro dos meus limites.   2- Entrei na Universidade e voltei pra academia.  Todos sabem que minha pretensão era Jornalismo, mas entrei em Letras. No primeiro dia de aula eu me senti em casa e foi aí que descobri que estava no curso certo. Foi a amor à primeira aula (se é que isso existe, mas vocês entendem o que eu quero dizer). Sobre a academia: Corpo sedentário não ajuda na produção da mente, por isso voltei

Você é um terremoto, Felipe.

 Lívia cansou de tentar falar sobre seus sentimentos para Felipe. Sendo assim, decidiu escrever. Pegou uma folha de papel e uma caneta, colocou a data e começou a carta com a seguinte frase: “Supere isso e, se não puder superar, supere o vício de falar a respeito.” Li essa frase em um livro da Marian Keys e como foi bem na época que tudo aconteceu, fiz dela o meu mantra. Aos poucos eu superei meu vício de falar de você e de pensar também, mas claro que pensar demorou um pouco mais. Eu pensei em tantas coisas, mas até isso Felipe, eu superei. Eu fiquei muito triste porque eu gostava de você. Sei que errei muito e só agora consigo perceber o quanto fui imatura. Tudo o que fiz, achando que estava pensando em nós, quando na verdade eu só estava pensando em mim. O meu egoísmo roubou o teu espaço e te sufocou. Eu te vi escorregar pela minhas mãos e assim,  te perdi. Então eu te quis de volta, mas era tarde. Tentei concertar, mas era tarde. Falei, mas era tarde. Você não queria mais

Pássaros...

Algumas pessoas, eu ainda guardo no coração. E guardo-as no coração não pelo bem ou mal que me fizeram, simplesmente pelo que são. Algumas, mesmo que distantes ocupam um pedaço nobre, mas não mais do que as que estão  perto. Os caminhos mudam e é  sempre muito difícil ter de aceitar que nem todas as pessoas que conhecemos e consideramos fará parte da nossa caminhada. Apesar disso, estou feliz com os que escolhi caminhar e com os que me escolheram também.  Eu sinto falta de algumas pessoas quando penso que elas poderiam estar ao meu lado compartilhando da minha felicidade também, mas então eu lembro que cada um faz sua escolha e eu tenho de respeitá-los por isso. Eu parei de sofrer pelas partidas sem despedidas das pessoas no momento em que percebi que algumas são pássaros e outras, jaulas. Os pássaros exasperam com uma hipótese de enjaulamento. É por isso que prezo a liberdade. Se eu fujo de todas as jaulas, que razão teria um pássaro enjaular o outro? Deixo-os livres porque voar

Emoções traduzidas em imagens.

Acordar e ter essa paisagem é divino. Princesa que me fez companhia ♥ Universitária e nas horas vagas, pescadora. hahaha Raia voltou com um piercing na boca, fofa. Costelão na fogueira!  Por  do Sol . *-* Eu, divando no barco!  Até o livro de Rubem Alves foi se aventurar comigo!  Preferi fazer uma postagem diferente até porque eu já escrevi muito sobre o meu amor pela natureza. Sendo assim, deixo que  fotos expressar as minhas emoções. MORATO, Anna Carolina.

Eu escolhi mudar. Escolhi ser.

A minha vida sofreu uma modificação em todos os aspec tos, mas eu ainda estou em um processo árduo de adaptação porque toda mudança tem sua bagunça e também suas perdas. Aos poucos, estou me organizando e não tenho pressa de colocar tudo no lugar até porque, tem certas coisas que possuem vida própria e se ajeitam sozinhas. Além do mais, te garanto que não fui eu quem se perdeu. Já me perdi tanto que me encontrei.  Estou em mim e só agora eu percebo que uma mudança de postura faz todo o sentido, ou quem sabe não seja a porta para a transformação?! Não me arrependo das minhas escolhas, me orgulho delas. Orgulho porque faço por mim. Eu fadiguei de trocar meu eu por outro eu. Por isso todas as minhas escolhas agora são embasadas no que irei sentir e de que maneira tal escolha acrescentará na minha vida. Eu sei que tudo isso soa um tanto egoísta e egocêntrica e admito que penso muito  nessas duas características que eu adicionei a minha personalidade, mas é por amor a quem sou.  É clic

O quase poema que virou música! ♥

Eu sempre reconheci a minha eterna dificuldade para escrever um poema ou poesia e por isso opto pela prosa. Porém, resolvi "tentar" escrever um poema, mas só consegui escrever uma estrofe de quatro versos. Frustrada por ter conseguido escrever só uma estrofe, arquivei-o nos textos não publicados. Um dia, em uma conversa com o Léo Lopes, um amigo músico e compositor, mandei a minha tentativa frustrada de poema  e eis que o verso de quatro estrofes, ganhou verso e melodia. A minha frustração transformou-se em felicidade no momento em que ouvi a canção. A arte chama a arte, e aqui está a prova:  POR TE AMAR (Léo Lopes/ Anna Morato) Acho que meu coração explodiu em mim E minha explosão só eu ouvi Os destroços em que me transformei só eu sei O que restou foram cinzas que pairam no ar Por te amar, por te amar Porque te amei Me entreguei por inteiro a você Fiz o que não deveria fazer Eu me entreguei demais, mas não mais Mas não mais Porque te ame

Desabafo.

Eu poupo. Essa é a questão, eu poupo as pessoas. Penso que por ser extremamente geniosa, eu devo poupa-las e, ao pensar dessa maneira, eu agrado. Faço o possível e impossível, quando possível. Entretanto, eu ainda não vi alguém se dar bem por agradar ninguém. O pior é que eu não agrado por mal, faço porque posso. Faço o que está no meu limite. Faço o que não comprometa o meu estado de espírito. Porém, em algumas circunstâncias, eu me contrario por fazer a vontade de alguém. Depois, me sinto péssima. Péssima por não ter me respeitado. Péssima por não ter imposto minha opinião. Péssima por ser péssima em falar não. É só assim que eu me sinto, péssima.  Engulo muito sapo na intenção de não desgastar as pessoas ou de não comprar "briga" por isso ou por aquilo e mimimi. São tantos desagrados, mas enquanto poupo as pessoas, eu me desgasto inteirinha. Ainda relevo, levo na esportiva, ignoro, mas chega  uma hora que acumula. Que fadiga. Que estressa. Eu sou uma explosão em pessoa,

Des-amor.

Sinto o cheiro do amor. Uma amiga me liga pra dizer que está namorando. A outra me manda no WhatsApp  que está a p a i x o n a d a . Um amigo me pede segredo, mas diz que está quase namorando também. O outro me diz que conheceu alguém e está encantado. A nuvem do amor  paira sobre a cabeça da maioria dos meus amigos, menos da minha. Esses dias parei pra perguntar pro meu coração se ele ainda estava vivo porque eu não consigo gostar de alguém. Eu tento, por um momento, mas passa. Eu tenho medo de tudo e tudo tem medo de mim. O meu problema é que eu não me sujeito mais a sentir algo por alguém que não sente nada. Eu sei o que é a dor de uma entrega não correspondida e depois de incontáveis falências emocionais, aprendi a não me entregar. De sentimentalista, pra racionalista. Quem me viu, quem me vê! Eu que gritei tanto pelo amor, sou só o des-amor. Anna Carolina Morato.

Velhice não é desculpa!

Era pra ser um dia comum de estudo, porém, aconteceu um fato marcante. Estava sentada em uma das mesas da cantina, acompanhada de um copo de café e um tablete de chocolate, enquanto observava aqueles idosos pelo corredor. Próximo a minha mesa,  estava alguns funcionários da Universidade e ao ver os idosos, alunos  da UMI ( Universidade da melhor idade), uma funcionária comentou:  “Já estão todos velhos, querem aprender o que ainda? Vixi, olha lá aquele velhinho.”  Ao dizer isso,  gargalhou  junto com os outros funcionários. Olhei-a e ao observar o meu olhar, sorriu. Retribui seu sorriso com uma fisionomia simpática e voltei-me para o rumo pelo qual seu comentário me distraiu. Continuei observando-os, enquanto suas palavras ecoavam na minha mente. Velhos. Velhos. Velhos. Bendito sejam eles, que mesmo  “velhos” , buscam o conhecimento. Sei que não posso julgar se a intenção dessa funcionária foi de mau gosto ou não, mas na minha concepção, foi um comentário ingrato. Quem é que defi

Um dia de cada vez..

Semana passada, eu estava na fila do pão e ouvi a mulher que estava atrás de mim dizer pra alguém no celular: "Ah então menina! Eles deram um tempo, mas ele não me conta nada. Eu não entendo aqueles dois. É um vai e volta."  Provavelmente referia-se ao filho e a sua suposta nora. O diálogo de uma desconhecida não mudaria nada na minha vida até então. Porém, recebi no outro dia uma sms assim: "Pedi um tempo pro Gustavo" . Surpresa com o conteúdo da mensagem, respondi: "Como asssssim? Você me disse que estava tão feliz, porque isso agora?" e a resposta recebida foi: "Ah amiga, eu não sei. Não gosto dele como achei que gostava e preciso de um tempo pra saber o que eu realmente sinto."  Três dias depois era eu quem estava pedindo um tempo. Dessa forma, cheguei a conclusão que  talvez uma das coisas mais dolorosas da vida seja pedir pro tempo adiar aquilo que não estamos preparados pra resolver agora. Quando eu disse: "Eu preciso de um tem

Satisfação aos leitores.

Quando vi que minha última publicação foi feita em trinta e um de março de dois mil e treze, eu assustei. Juro! Acredito que nunca fiquei tanto tempo sem publicar um texto e sinto que devo desculpas a quem me lê. Devo desculpas porque vários leitores me perguntaram o que aconteceu ou cadê meus textos ou se eu abandonei o blog. É muita negligência da minha parte não dar uma satisfação, é por isso que venho aqui tentar explicar alguma coisa.   Espero que entendam o meu silêncio. Quando nos sabemos o que escrever, é melhor não escrevermos nada. Embora eu não tenha publicado nenhum texto nesses dois meses, existem vários escritos (interminados) tanto no Word, quanto no papel. Porém, s ão textos muito pessoais e preferi não expô-los. Talvez eu esteja em uma crise existencial. Quem sabe? Antes eu tinha uma facilidade tremenda em escrever e publicar, independente do nível da entrega pessoal que este texto me proporcionava, mas agora estou selecionando minhas publicações. É como se eu nã

Sobre a simplicidade.

Escuta aqui seu moço, eu só sou uma moça do interior.   Nasci numa cidadezinha no leste de Mato Grosso do Sul, tal de Três Lagoas. Já ouviu falar?   As pessoas da cidade grande acha que aqui onde vivo é tudo mato, que animais selvagens vivem entre os habitantes e que nosso meio de locomoção são carroças, mas vou te dizer uma coisa: Cambada de ignorantes. Aqui é uma cidade como outra qualquer, com asfaltos e carros pelas ruas e o mais importante: Sem animais selvagens perambulando entre nós.   Só tem uma lagoa que tem crocodilos, capivaras e antas, mais... Mero detalhe. Nada demais. Cresci aqui moço, e se lá na cidade grande me chamam de caipira, que seja. Tenho orgulho dessa minha essência. Eu sempre morei na cidade, mas nas horas de descanso, eu estava no rancho. Aiiiii moço do céu! Foi lá que aprendi a amar as coisas simples da vida. Esquecia-se a rotina estressante no caminho  e assim que chegava lá, eu descia descalça e abria a porteira. O carro seguia até o barraco (S

Sobre a vida.

Escrevo   sobre a luz do luar, namorando as estrelas porque estou desempregada o suficiente para fazer isso, ou de férias, como preferir. Sai do emprego. Presenteie-me com   este mês de descanso. Trabalhei um ano e dois meses sem férias. Meu corpo não só arregoou como chorou por dias de sombra e água fresca. Meu cérebro estava bloqueado. Eu realmente não tinha mais forças, estava ligada no automático.   Preciso dizer que agora estou bem. Descansando ao máximo e aproveitando minha vida de atoa. Senti falta de poder ficar em casa. Estou dando um tempo até a loucura começar. Em Abril, começa a minha vida de universitária. Aprovada em Letras, na UFMS.  Várias pessoas me questionam e me criticam. “Porquê não faz Jornalismo logo?” “Af, o que você vai fazer em Letras?” “ Não tinha um curso melhor pra você escolher não?” “Não tá perdendo tempo   fazendo um Letras ao invés de Jornalismo?” “Vixi, vai ser professora.” Falam como se tivessem conhecimento de causa. Nem sabem dos meus planos,

O quase fim do Jujuba de Melão.

Estava cansada desse lugar, das coisas que aqui já foram escritas e das lembranças que me trazem. Não conseguia mais escrever. Perdi a vontade de escrever. Abandonei o meu mundo, porque aqui é o meu mundo, não é? Não é aqui que eu posso realmente me expressar? Esse lugar é meu, porra. Pois é. Entrei em crise e cheguei a conclusão que o melhor seria excluir o blog, mas ter cinco anos de vida aqui pesou na hora, então criei outro blog e exportei o Jujuba de Melão inteirinho para lá. Assim, sempre que eu quisesse ler algum texto antigo, acessaria - o. Minha intenção era recomeçar o Jujuba de Melão, mas estava sendo injusta comigo e com meus leitores. Assim como eu tenho um amor e uma afeição enorme por esse blog, muitas pessoas também tem. Algumas até me chamam de Jujuba ou Juju ou Melãozinho. É uma delicia de ouvir! O Jujuba de Melão é um filho para mim e que mãe rejeita seu próprio filho? Importei o Jujuba de Melão. Estão todos os textos aqui novamente. Desde 28 de maio de 2009  até ag

Covardes.

"Espero que você não se importe por eu ter bebido todas as tuas garrafas de Whisky. Espero que também entenda que não estou embriagada, mas eu preciso sentir o álcool correr pelo meu sangue para te escrever. Não me julgue, por favor. Você melhor do que ninguém sabe que eu não sou tão corajosa assim. O que eu quero dizer é que estou profundamente cansada dos meus berros. Eu não te entendo mais, mas não ouso mais perguntar o que aconteceu conosco porque eu enjoei do seu silêncio e da minha voz. Só isso. Não quero mais saber, amor. Não quero mais entender, querido. Meu sorriso é lágrima. Minha alegria é tristeza. Meu amor é solidão. Eu não vivo mais, Guto. Eu só morro. Cadê as suas promessas de amor eterno? Sou uma ridícula mesmo, acreditei em todas elas. O que é que eu tinha na cabeça pra acreditar que você cumpri-las-ia? Na cabeça, eu não sei, mas no coração, eu tinha amor. Eu tenho amor. Todo amor que agora me estilhaça por inteira de tamanha dor, eu doei à você e

Pessoas são como os alimentos.

Entendo. Entendo perfeitamente.  Não importa o quanto desejamos ficar na vida de alguém, às vezes precisamos ir embora. Dói ter que chegar a essa conclusão, mas dói mais ainda perceber que não somos tão  especiais como pensávamos. Porém, nem toda dor há de ser dor para todo o sempre. Uma hora  para de doer. Nossos corpos criam anticorpos para situações que antes nos deixava mergulhados em tristeza, não nos roubar mais nenhuma lágrima. A cada decepção que nos joga no chão, levantamos duas vezes mais fortes. Analisamos cada pessoa a nossa volta e quando percebemos que existem pessoas que realmente gosta de nós e que demonstra isso, deixamos de lado aquelas pessoas que só DIZ que gosta, que só DIZ que é amiga (o), que só DIZ que se importa, que só DIZ que sente saudade, que só DIZ. Só DIZ, mas não move um palha.  Palavras... Palavras... Palavras. Palavras são essências para o funcionamento do nosso coração assim como as proteínas são essenciais para o funcionamento do nosso organismo, mas

Amizade é um casamento.

Amizades são como um namoro. Cheguei a essa conclusão quando por imprudência minha, quase destruí o meu casamento. Sim. Casamento. É isso mesmo que você leu. Algumas amizades são tão duradouras que deixa de ser um namoro, torna-se um matrimônio, com aliança e papel passado, na minha imaginação. Se você parar pra analisar seus amigos também, verá que eu tenho razão. Amizade é um relacionamento como outro qualquer, mas não leve o sentido  de namoro e casamento que estou colocando no texto ao pé da letra, por favor. É uma mera comparação para melhor entendimento.  Disse que quase destruí meu casamento de amizade, porém, ainda não deixei explicito onde eu quero chegar.  É o seguinte, estou casada a doze anos. Doze anos sendo amiga de uma mesma pessoa, deixou de ser namoro à muito tempo certo? Inteiramente fiel e leal à amizade. Fomos aprovadas em todas as provas que se tem para concluir se uma amizade é verdadeira ou não. Enfrentamos milhares de porres, juntas. Porém, chegamos em uma fase

Você ainda é a minha melhor lembrança feliz.

Perguntaram-me de você  e rapidamente você saiu das minhas lembranças e veio à tona. Eu ainda não te esqueci? Hesitei ao responder, mas comecei com um: "Ah, eu não sei ..."   Ele gostava muito de você, muito mesmo. " E  como você sabe?" Eu sei. Eu vi a reação dele um dia quando foram falar mal de você para ele. Ele te defendeu com unhas e dentes. Nunca o vi tão furioso como vi naquele dia. " É? Eu não sabia disso." Pois fique sabendo, ele realmente gostava de você. "Pois é, mas sabe Deus o que ele fez com o sentimento." Depois desse rápido comentário a respeito de você, lembrei de tudo que nós vivemos... Só que com uma diferença: Eu sorri ao lembrar. Pensei tão alto que acabei falando: "Nunca fui tão feliz! Eu estava bem comigo, estava bem com ele. Eu realmente fui feliz e só agora eu reconheço isso. Eu fui feliz. Ele me fez feliz."  Eu fiquei com o pensamento em nós, enquanto andava pelas ruas. Você talvez não tenha me esquecido

Você deixou a saudade.

Ele era a única pessoa que me conhecia melhor do que eu mesma. Ele sabia que eu estava emburrada só pelo jeito como eu respondia suas mensagens. Estudava minha inquietação pelo tom da minha voz.  Namorava o meu silêncio. Conhecia cada olhar, cada gesto, cada sorriso, cada tudo. Eu não precisava me diminuir pra ele não se assustar com o meu tamanho.  Eu não precisava fingir alegria, porque ele sabia que eu estava triste.  Eu não precisava de maquiagem, muito menos vestidos de grife. Ao lado dele, eu era só eu e as minhas olheiras e o meu mau - humor terrível. Ele era a única pessoa que eu não conseguia usar máscaras... eu me sentia eternamente à vontade. Ele sabia da minha loucura e ao invés de me internar em um hospício, se fez  camisa de força. Sabia que minha pose de durona é só pra esconder o  poço de sensibilidade ambulante que sou. Sabia que  da minha tempestade e se fez calmaria. Conhecia o meu passado, o meu presente, quase meu futuro. Conhecia meus medos. Roubav