Eu passei o ano inteiro na expectativa e quando foi chegando o dia 18/11/11 meu coração já não pulsava mais, ele quase rasgava meu peito. Nervoso. Ansiedade. Expectativa. Medo. Adrenalina. Inúmeras sensações, só sabem o que eu estou dizendo, quem sentiu. Uma equipe inteira trabalhando para que a 9ª Edição do Sarau Literomusical fosse simplesmente, perfeita.
Foi esforço. Foi trabalho. Foi dedicação. Foi lágrima. Foi riso. Foi divergência. Foi confusão. Foi tudo. Tudo o que acontece dentro de uma equipe, sabem como é. Sempre tem aqueles que não se entendem. Natural, são seres humanos. Diz pra mim qual é o ser humano que não tem diferença? Nenhum. Enfim, esquecem as dificuldades.
O tão esperando grande dia chegou. O nervosismo não me deixou dormir a noite, cinco horas pra quem precisava realmente ter dormido oito horas. Aquela correria danada. Corre pra cá, corre pra lá. Resolve isso. Arruma aquilo. Repassa roteiro. Repassa coreografia. Corrigi postura. Tempo correndo. É na loucura que você percebe o quanto um minuto vale ouro. Adrenalina pura.
Às 19h00min foi o horário marcado para começar o evento. Eu fugi de mim mesma e tornei-me a bonequinha de luxo. Estava prestes a subir naquele palco, minhas mãos suavam frio por entre as luvas. O anfiteatro enchendo, enchendo, enchendo e eu suando frio. Coração não tinha ritmo. Sensação elevador. Borboletas no estômago.
“Agora, eu gostaria de chamar ao palco os apresentadores: Anna Carolina Morato e Maurício Amaral”. Entraram pelos corredores, passando pelo público que estavam sentados aguardando a noite de cinema. Sobe ao palco: A bonequinha de luxo e Vito Corleone.
Assim, o sarau começou. Musicais. Poemas. Mágico de Oz.Vida de Chaplin. Cinema brasileiro. Walt Disney. Lisbela e o prisioneiro. Cinema, literalmente. Foi lindo, mágico. Em todas as apresentações, a platéia vibrava. Delirava. Os aplausos eram todos fogosos, cheios de sentimentos. Aprovação. Encantamento. Brilho nos olhos. Eu arrepiava a cada apresentação. Sentia meu sangue ferver. O nervosismo continuava, mas a alegria era maior de saber que estava dando certo.
Como tudo que é bom dura pouco, fomos caminhando para o fim de mais um sarau literomusical. Musica de encerramento pra finalizar. Agradecimentos. Making of. Nós alunos homenageamos professores, coordenadores e diretores. Último ano na escola, TERCEIRÃO. Imaginam como todos nós estávamos lá? Uma alegria misturada com uma tristeza por saber que acabou a "vidinha boa". É crianças, vamos crescer. Vamos viver! Chegou a nossa vez. . .
Eu escrevi um texto: " e de repente, TERCEIRÃO" para representar esse ano e pela primeira vez na vida, eu estava em um palco lendo um texto de minha autoria para mais de duzentas pessoas. Mais de duzentas pessoas. Sabem o que é isso? Sabem? Você ler um texto de autoria própria para mais de duzentas pessoas? Sabem não crianças. Não teem a mínima ideia do que é estar ali, mas vou confessar: É magnífico. Eu o li enquanto meu coração saltitava. Vai lá pequena, mostra pra eles o seu talento! Mãos tremulas, mas com uma confiança enorme em ler minhas palavras, em doar meus sentimentos a um anfiteatro lotado. Aplausos. Muitos aplausos. Se eu disser a forma como eu me senti naquele momento, é mentira. Foi indescritível. Realmente, indescritível. Depois do making of, abraço do terceirão, discursos, as luzes se acenderem. O espetáculo tinha acabado. Que triste, queria mais.
Desci do palco. Cumprimentei todos meus amigos e agradeci. A cada abraço eu recebia um elogio diferente: " Você estava linda". "Parabéns". " Foi um arraso". " Sou sua fã de carterinha". "Minha bonequinha de luxo". Mas, teve um elogio, que marcou. Realmente marcou. Foi de uma desconhecida, porém o rosto me era familiar, mas não lembrei na hora. Ela simplesmente me procurou pra dizer: " O seu texto é maravilhoso. Você é maravilhosa. Meus parabéns. Sucesso. Sucesso". Eu senti a intensidade dos seus sentimentos enquanto ela me elogiava. Agradeci com um sorriso de orelha a orelha. Admirada. Surpresa por essa reação. Nunca imaginei, juro. Fiquei feliz. Realmente muito feliz.
Acabou os mimos e de repente, eu escuto minha barriga roncar. Só assim para lembrar que eu precisava comer. Juntei minha mami e migs maravilhosas e fomos comer. Alimentada e feliz. Radiante. A minha noite foi mesmo deslumbrante.
Se eu pudesse definir aquele sarau em uma só palavra, eu definiria: P - E - R - F - E - I - T - O!
Se eu pudesse definir aquele sarau em uma só palavra, eu definiria: P - E - R - F - E - I - T - O!
Agora são apenas 9h00min da manhã de um sábado. Eu não sinto minhas pernas de tanta dor, mas escrevo com o sentimento mais nobre: Valeu apena, cada detalhezinho. Aqui estou, tomando meu leite com toddy e escrevendo mais um capítulo.Vejo vocês, até a próxima.
Anna Carolina Moratto.
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