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Escrevo - te.



          Eu decidi que vou te escrever sim. Não vou pedir para que se importe com o que vou dizer.  Eu preciso falar dos meus sentimentos e como vou falar sem redigir você?  Desculpa, eu não posso ficar falando de você sem permissão, quanta indelicadeza. Desculpa mesmo, mas eu não consigo segurar minhas palavras.

Nesses últimos dias só tenho cometido loucuras, não que eu não as cometa com frequência, mas aumentei o número só para não cair na loucura mais idiota: Pensar em você. Não faço mais silêncio e se eu ficar quieta um segundo, sou obrigada a escutar: Ainda pensando nele? Não. Eu não penso em você todo o instante, mas penso. Quando contam alguma coisa que eu saberia que você morreria de tanto rir quando eu te contasse  ou quando eu saio para comer sushi. Aí, como eu amo sushi. Como eu gosto de você. Por favor doçurinha, me explica uma coisa: Como não lembrar de você?  Somos tão parecidos, parecidíssimos. Chega a me dar raiva, mas não vou mudar o meu "eu" para tornar-me diferente de você. Impossível.  

Não te escrevo triste, não estou triste. Também não estou brava. Sou pirralha o suficiente pra aceitar o fato de não te ter mais. Você está do jeito que sempre quis, vivendo sua vida e não te julgo por isso. Eu também estou vivendo a minha vida e muito bem.

 Tem noites que eu me questiono se você sente a minha falta. Mas não. Você não sentiria falta de uma garotinha grudenta e mimada que te mandava mensagem quase toda hora e que tinha dias que te ligava só para descobrir se você estava bem pelo tom da sua voz. É, isso mesmo que você leu. Eu te conheço pelo tom da sua voz, amor. Sentiria meu anjo? Ah, deve sentir. Nem que seja um bocadinho, um bocadinho só. Quase nada, como uma pitadinha de sal. Sente falta. Sente sim. Eu também sinto sua falta. Mas, sentir falta de alguém é assim, no começo você sente todos os dias. Depois, passado algum tempo, sente duas vezes por semana. E depois, passado mais algum tempo, sente meia hora por dia até que não sente mais nada. Eu sinto todos os dias, ainda.

Preciso dizer, eu ainda tenho a esperança de acordar com uma mensagem sua. Seu chato, você me acostumou muito mal. E quando meu celular toca tarde da noite? Meu coração gela porque é o mesmo horário que você costumava ligar. Agora eu reviro minha lista de contatos inteirinha pra mandar mensagem de boa noite pra alguém, só pra não perder o ritmo. Antes era você, agora não pode mais ser você. 

Não sei até quando vou continuar assim, de longe. Nem sei se você me quer por perto. Queria você uma louca na sua vida? A verdade é que eu não quero te apagar como quem escreve a lápis e apaga logo em seguida. Não. Não. Não. Eu não vou te apagar. Te quero na minha vida como quem quer alguém pra conversar. Quero sim. Mas, se você preferir não me querer mais na sua vida, não tem problema. A única coisa que eu não quero é que você mate o carinho que eu sinto por você. Não deixa morrer o meu afeto. Não permita que eu fale de você sem um brilho nos olhos. Que vivamos distantes um do outro, mas que vivamos bem.

 Eu sentia saudade disso. Disso o quê? Escrever um texto especial pra alguém especial. Sua ridícula, isso é sofrer. Não. Ser humano é um bichinho tão sensível e tão carente de si que sofre só de ouvir a palavra s o f r e r . Isso não é sofrer. Queridinha, senta aqui do meu ladinho, deixa eu te dar uns beliscões. Não. Porque não? Porque dói. Vai passar. É só um teste pra descobrir se você esta viva ou morta. Eu estou viva, vivinha. Ô, meu coração está batendo, todo errado, mas bate. Meu coração não é nada calminho. Pra quê calmaria? A vida chama e pra alcança – lá, é preciso correr! CORRE. 
 Anna Carolina Moratto.

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