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Mostrando postagens de fevereiro, 2012

Insatisfação.

  TÁ! Todas as células do meu corpo gritava por distância. Arrumei minhas malas, comprei as passagens e fiquei dez horas dentro de um ônibus sozinha. Me afastei de tudo durante três dias. Foi bom. Eu precisava matar a saudade de uns, sentir de outros. Foi bom não, foi mais que bom. Ótimo. Coisa melhor do que não ter gosto pra Carnaval e tal e aproveitar o feriado na praia? Não tem. Botei mil ovos em um só dia de tanto ver homens bonitos, sarados, gostosos. Minha cidade natal podia ter tudo aquilo não é? Podia... não tem. Um pena. Banho de mar é um tipo de sessão de descarrego naturalmente dinâmica. Esqueci tudo. Não pensava em nada, só sentia. Sentia o mar, as ondas, os raios solares, o vento, a areia macia. Quisera eu que a vida se resumisse só em praia e sol. Oh coisa boa! Mas não, é só uma parte da vida. Que assim seja. Uma hora começaria a ficar chato.  Agora estou de volta. De volta a minha realidade. Ao calor exagerado de uma cidade do interior de Mato Grosso do Sul

"Queria!" Não quero mais.

Eu não queria que o fim fosse como foi. Eu queria que você se arrependesse. Queria que me visse e sentisse o coração tilintar. Queria que se lembrasse do nosso aniversário. Queria que você me ligasse no meio da noite ou mandasse um sms porque qualquer coisa era menos triste do que o seu abandono acompanhado do seu silêncio. Eu queria você de volta, apesar de tudo, eu queria você de volta.   "Amiga, eu juro que se ele mudasse realmente e me provasse isso, eu esqueceria tudo, eu largaria tudo..." Eu disse isso? É. Eu disse. Disse porque estava desesperada. Eu não sabia o que fazer com o meu amor. Eu queria o seu amor. Eu gritava: "O que eu faço com o meu amoooor agora? " O som da minha própria voz ecoava. Gritava mais forte e o eco ficou ainda mais alto. Parei de gritar, desconfiei que ficaria surda. Nenhuma resposta. Pensei em fazer mil coisas com meu amor: " tomar quinhentos litros de coca -cola pra ver se corrói, dar pra vizinha mal-amada, vender

Garota Malandra.

Embora eu seja perfeccionista, eu odeio gente que se acha perfeita.   Odeio quando alguém me diz: “Você é perfeita.” OPAAAA! Para. Para. Para por aí. Perfeita não. Retruco na lata mesmo e ainda fecho a cara sabe por quê? Porque perfeição é lenda. Mentira. Dizer que alguém é perfeito é forçar a barra. Falo mesmo.   “Perfeita aos meus olhos.” Own, que graça. Que seja pra você, pra mim não.   O que eu mais digo quando me olho no espelho é: “Eu até sou legal, mas muito filha da puta pro meu gosto e caiu na risada.” Noooooooooossa! Você se destrói sozinha. Nada disso. Eu me xingo no mais puro amor, acabo comigo para o meu próprio bem.   Sei dos meus defeitos. É mais fácil eu fazer uma lista recheada deles do que uma lista de qualidades e ainda assim, tem gente que me ama. Vê se pode? Me amaaaaaaaaaaam. É um absurdo, mas é um absurdo que prova que imperfeição não é problema. Na verdade,   eu gosto disso mesmo. De gente que é o que é e não está nem aí pra paçoca. Que se xinga, mas se ama.

O garoto corajoso.

Minutos antes de dormir, tive um pensamento inusitado: " Eu sempre escrevo pra alguém, mas como deve ser alguém escrevendo pra mim?" Fiquei mais de meia hora pensando. Minhas palavras são mais que tapas na cara, socos na boca do estômago. São mortíferas. Se contem uma certa quantidade de estricnina eu nem falo nada. Se alguém um dia escrevesse para mim com o mesmo peso que eu escrevo, eu não sei se aguentaria. Certamente horas depois de ler eu estaria em um hospital cercada de enfermeiros estancando o sangue do meu pulso para que eu não morra. Não sei dá onde vem tanta crueldade para com palavras. Fiquei pensando, pensando, pensando. Até que lembrei. É isso! Já escreveram para mim. Você. Você. Você. Você escreveu. Forcei minha memória para me lembrar o que continha naquele texto que você publicou em seu blog, que por sinal, foi eu quem te influenciou a criar. Era um texto enigmático e sinceramente, um dos mais lindos que eu já li. Eu demorei a percebe

Felicidade.

Estou feliz novamente. Meu mundo estava preto e branco demais pro meu gosto. Resolvi pintar. Além de escritora, eu também sou pintora (embora faça nove anos que não pinto uma tela sequer). Resolvi pintar. Sempre fui extremamente apaixonada por abstrato. Talvez pelo fato da minha vida ser um. Estou colorindo tudo e quer saber? Embora faça anos que eu não pinto, ainda tenho as técnicas em minhas mãos. Pintar é como andar de bicicleta. Aprende uma vez e nunca mais esquece.  São 03:11 da manhã. Estou escrevendo este texto em pensamento faz cinco dias e agora  estou aqui tentando me concentrar o máximo para conseguir descrever tudo que pensei e senti. Espero que entendam se alguma coisa der errado daqui pra frente. Minha hiperatividade não me deixa descansar. Sempre tenho muito o que pensar, muito o que sentir, muito o que falar, muito o que fazer, muito o que aprender, muito o que escrever. Sou fã do muito. Não me contento com pouco. Pouco amor. Pouco eu.   É sempre muito tudo que eu me

Essa vida viu Zé.

Eita zé! O que a gente faz hein? Eu vivo de bem com a vida mas a vida vive mal-humorada comigo. Vive querendo passar mal, não gosto disso. Olha só pra mim Zé, super alto astral e ainda tenho que enfrentar o pessimismo alheio. Não Zé. Não dá. Porque as pessoas reclamam tanto da vida? Não pode Zé, não pode reclamar tanto da vida assim. Eu sei que eu reclamo muito, tá errado isso aí. Depois paro pra pensar: "tô chorando de barriga cheia. Que merda!" Menos Carolina, vamos parando. Problema das pessoas é achar que suas dores são as maiores do mundo. Não são. Aí Zé,  a gente vai na maciota sabe? Devagarzinho, tipo mineirinho. Fazendo um silêncio danado pra ninguém escutar nossos passos chorosos. Eu gosto da vida, mas a vida não gosta de mim não sabe Zé. Eu sou boazinha demais. Essa minha generosidade em querer entender, compreender, aceitar, perdoar só complica minha vida viu Zé. Não tô reclamando, estou comentando. Ninguém me entende Zé. Eu queria ser malvada sabe, queria mesmo ma

You Could Be Happy . . .

Sobre o passado.

Quantos anos já se passaram? Três? Quatro? Cinco? Vai saber! Na verdade isso nem faz mais diferença na minha vida. Eu não sou a melhor pessoa pra se referir ao passado. Nunca fui. Nunca gostei de olhar pra trás, embora algumas vezes seja preciso. Agora eu estou sendo obrigada a olhar, meio inevitável. Você diz que quer que tudo volte a ser como era antes. Entenda uma coisa: "Nada vai voltar a ser como era antes, absolutamente nada."  Até porque, quantas coisas não aconteceram nesses anos em que ficamos distantes. Me diz? Quantas pessoas você não ganhou, quantas você não perdeu. E eu? Por quantas dificuldades não passei? Quantas bofetadas já não levei? Tudo mudou, sem essa de " voltar a ser como era antes". Qualé vai. Eu sempre fiz de tudo por você. Sempre dei todas as chances possíveis. Quando todo mundo pensava em desistir de você, eu era a única sobrevivente, mantendo o nosso laço. O que eu ganhei? Eu coloquei meu coração em uma zona de perigo que você jamais colo

Você vai ficar bem . . .

Eu daria tudo para não te ver assim. Ver teus olhos castanhos - escuros todo poluído de lágrimas me joga no fundo do poço. É como se eu não aceitasse  vê-la  chorar. É como se você fosse forte o bastante para aguentar as porradas da vida sem derramar uma só lágrima, mas eu sei, ninguém é. O seu choro é o mais triste que eu conheço e é um dos quais eu odeio presenciar. Odeio mesmo. Você pede para que eu não a olhe com pena, mas eu não estava sentindo pena de você, sentia pena de mim mesma por não saber o que dizer, por manter o meu silêncio no momento em que alguém mais precisa da minha palavra amiga. Te abracei e ao sentir aquelas lágrimas em meu ombro, meus olhos se encheram de lágrima também. Eu não podia chorar, não ali com você. Mas mesmo que eu quisesse, não choraria. Estou fria demais para conseguir derramar uma lágrima  embora todas as noites implore aos céus por uma lágrima, uma só. Você pediu para me tranquilizar porque mesmo com aqueles olhos em dilúvio, com as

Uma dose de amor-próprio misturada com um foda-se você sociedade.

Hoje eu tô bem! Acordei até com vontade de escrever um livro. É a primeira vez que acordo com uma vontade assim mas ainda é cedo e deixa o livro pra depois, hoje eu quero falar sobre outra coisa. Aquele tal do amor - próprio que a mulherada vive perdendo por aí. Alô, chega mais que todo dia é de se amar. Esse mundo que vivemos todo mundo julga todo mundo, todo mundo critica todo mundo, todo mundo odeia todo mundo e todo mundo se importa com todo mundo. Fala sério. Eu sempre fui rotulada como metida, patricinha, filhinha de papai, nojenta, falsa, mas depois que as pessoas passam a me conhecer, o rótulo vai meio que diminuindo. "Nossa, eu te achava metida. Te achava isso, te achava aquilo"   É, eu sei. É o que todo mundo acha. Eu já me importei muito com a minha primeira impressão, mas agora tô menos neurótica quanto a isso. Já fui muito insegura ao meu respeito e não me amei por muito tempo também. Agora que eu mudei, quero mudar todo mundo. Agora que eu aprendi a me amar, que