Você sempre mexeu comigo. Mas eu, uma virginiana reservada e digna de um orgulho ordinário, não demonstrava interesse algum. Os meses passaram... Desencanei. Fiquei menos afim maaaas... só na minha cabeça porque meu coração safado me dizia ao contrário. Ignorei e deixei o trem desandar. Peguei meu sentimentalismo bobo e empurrei-o com tudo. Mandei caçar rumo. Deixar-me em paz. Se não era pra me ajudar, que não me atrapalhasse também. Continuei vivendo, sem expectativas. Sempre que o via, disparava aqui dentro. "Eita coração, dá pra sossegar?" - pensava. Agia naturalmente, mas matutava sem parar “O que ele tem pra me deixar assim?” Era uma confusão profunda, mas sempre fui certa de uma coisa: “ O que tiver que ser, vai ser. Cedo ou tarde." Eu jamais, em hipótese alguma, imaginaria que você me roubaria um beijo naquela noite e embora achasse que essa história não viraria nada, lá no fundo - não sei porque - mas eu sabia que não acabaria tão cedo. Estava - está - só começando. Senti algo diferente , mas não dei a mínima. Vai saber, coisa da minha mente. Eu nunca dei muita atenção para o meu sexto sentido, porém, dessa vez fui obrigada. O que eu sentia ( sinto!) é muito intenso pra deixar passar assim, ileso. Tentei desvencilhar, mas não me contive. Sabe quando um sentimento é mais forte que você e todo mundo junto? Quase isso. Você e o seu impasse, não decidia a vida. Enquanto eu, só tinha um único pensamento: " Seja o que Deus quiser". E de repente, você escolheu ser meu e automaticamente, eu me tornei sua. Te falei, que se o eu e você transformar-se em nós, você saberia. Eu saberia. Agora, somos nós contra o resto do mundo, meu amor. ♥
Anna Carolina Moratto.
Anna Carolina Moratto.
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