Eu poupo. Essa é a questão, eu poupo as pessoas. Penso que por ser extremamente geniosa, eu devo poupa-las e, ao pensar dessa maneira, eu agrado. Faço o possível e impossível, quando possível. Entretanto, eu ainda não vi alguém se dar bem por agradar ninguém. O pior é que eu não agrado por mal, faço porque posso. Faço o que está no meu limite. Faço o que não comprometa o meu estado de espírito. Porém, em algumas circunstâncias, eu me contrario por fazer a vontade de alguém. Depois, me sinto péssima. Péssima por não ter me respeitado. Péssima por não ter imposto minha opinião. Péssima por ser péssima em falar não. É só assim que eu me sinto, péssima. Engulo muito sapo na intenção de não desgastar as pessoas ou de não comprar "briga" por isso ou por aquilo e mimimi. São tantos desagrados, mas enquanto poupo as pessoas, eu me desgasto inteirinha. Ainda relevo, levo na esportiva, ignoro, mas chega uma hora que acumula. Que fadiga. Que estressa. Eu sou uma explosão em pessoa, explodo o tempo inteiro (por dentro). Se você ainda não percebeu, estou no auge de uma explosão por escrever este texto. A minha voz silencia, mas mesmo em silêncio, continua sendo ensurdecedora.
Anna Carolina Morato.
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