Eu não mudo mesmo. Impressionante. Anta baleada. Jumenta desenfreada. Parece que não sei viu. Eu carrego uma panela de pressão e em vez de fazer alguma coisa pra amenizar a pressão, eu pioro ainda mais a situação. Custa conversar com alguém? Custa escrever? Não custa, mas eu trato meus sentimentos com tanto descaso que se está doendo ou não, tô nem aí. Sinto falta de conversar com alguém por horas e horas e horas, mas penso que as pessoas estão ocupadas demais pra ouvir e eu, ocupada demais para escrever. Então, vou levando... Fervendo a panela até ela explodir, pra variar, com pessoas erradas. A pessoa não tem nada a ver com o que eu estou sentindo e eu lá estou, toda descompensada da vida, surtando por motivos fúteis. Desnecessário. Extremamente desnecessário. Olha, sinceramente, me envergonho das minhas atitudes às vezes. Sou tão madura, mas ao mesmo tempo tão imatura. Tão idiota. Depois fico me culpando e me desculpando pela minha impulsividade como se fosse mudar alguma coisa. Eu sei, não muda. Quem tem que mudar sou eu, quem tem que crescer sou eu. E eu sei que está tudo mudando porque eu perdi o controle mais uma vez. Eu estou desesperada, entende? Histérica. Não ter o controle da minha vida e ver tudo de cabeça pra baixo me deixa looooooooooouca! É como se.. como se.. como se... Ah! Eu não sei esperar. Eu não sei deixar acontecer. Eu não sei me acalmar. Eu não sei respirar fundo. Sou ansiosa demais e ver a vida sambando da minha cara me deixa extremamente irritada. Eu não entendo o sentido de muita coisa e eu tenho sentido tanto medo do futuro. Vocês não sentem? É assustador e eu sou medrosa. Por Deus, como eu sou medrosa. Eu me fecho dentro da minha cúpula e quase ninguém me tira daqui. Eu não sei me permitir. Eu fico pensando. Pensando. Pensando. Eu penso muito e faço pouco. Talvez se eu aprendesse a pensar menos. Talvez se eu errasse mais e não me maltratasse tanto pelos meus erros... Mais que droga! Viu só? Mais uma vez o talvez...
Anna Carolina Morato.
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