Em tempos fugazes, é raríssimo encontrar alguém que desperte algum sentimento em nós. É mais raro ainda encontrar alguém que tenha uma química fora do comum. Mas, acontece. Quando você menos espera e quando você menos quer, simplesmente acontece. Acontece e é intenso, ardente, feroz. Você acha que vai durar uma "eternidade", mas não dura nem uma estação inteira. Paixão. Às vezes, quem chega com tudo, vai embora derrubando tudo também. Esse tudo derrubado leva um tempo para ser devolvido em seu lugar. Você se sente exausta e como se não fosse o bastante, culpada. Você se culpa incansavelmente. Incansavelmente, você se culpa. O que eu fiz de errado dessa vez? Esse silêncio definhante não significa nada para ninguém além de mim? Os questionamentos ecoam ecoam ecoam. Não há ninguém que possa te ouvir. Não há respostas. Só há ventania, raios, trovões. O tempo está fechado. A chuva começa a cair. Por dias ininterruptos, a chuva cai. Ansiosamente. Desesperadamente. Incansavelmente. D e s c o n s o l a d a m e n t e.
Então, a o s p o u c o s, o tempo fechado se abre! A nuvem condensada esvazia -se e, timidamente, o sol começa a se abrir e a sorrir. A culpa se dissipa, o silêncio já não mais definha e a calmaria vai ocupando espaço. Com a calmaria, vem a compreensão e a aceitação. Não importa o quanto temos de bom para oferecer para alguém e muito menos o quanto gostamos de alguém, algumas pessoas vão cruzar nossos caminhos e simplesmente partir. Sem aviso prévio. Sem despedidas. Às vezes, as pessoas só precisam ir e tudo bem. A parte triste disso tudo é que: "só quem arrepia cada centímetro do seu corpo e faz você sentir o sangue bombear num ritmo charmoso, é capaz de estragar o mundo quando parte." A parte feliz é que: as tempestades nos ensinam a consertar os estragos.
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